O país vive um período menos abonado economicamente e quem sofre com isso são os seus cidadãos. Por isso, agora mais do que nunca, se coloca a questão do que é essencial e prescindível para determinar em que se pode gastar o orçamento disponível, cada vez mais reduzido e por consequência com uma maior necessidade de ser controlado.

Como seria expectável, as primeiras actividades a serem cortadas são as de lazer, pois de entre as complementares se consideram como elimináveis. Contudo, o descanso e a distracção são factores que têm de estar presentes na vida para balancear o trabalho e as preocupações e não podem simplesmente ser apagadas de súbito.

Nesse sentido, a questão que há algum tempo a esta parte se vem colocando leva muitas vezes a considerar (e actualmente de forma bastante mais acentuada, frequente e até mesmo predominante) o não afastamento do lazer por completo, modificando-o apenas para que se ajuste devidamente à realidade. Daí provém a contemporânea “batalha” entre férias baratas e férias caras, pois em tempo de crise, a primeira modalidade sobrepõe-se à segunda, por força das próprias circunstâncias.

Tendo em conta as principais vantagens e desvantagens de cada um dos pólos supra-mencionados, realizámos uma breve síntese das diferenças e semelhanças existentes entre ambos e reunimos os dois tópicos fundamentais que daí se podem extrair, deixando assim a seu critério a escolha entre férias baratas ou férias caras.

Férias baratas

  • Comportam mais trabalho devido ao natural tempo adicional que é necessário para fazer correctamente todo o planeamento. Desde os documentos obrigatórios às viagens, locais onde ficar, o que ver e experimentar, onde comer e descansar, tudo tem de ser feito por si e sem ajuda de ninguém, excepto se “agarrar” boas promoções de férias, que ocasionalmente vão sendo lançadas por agências de viagens e operadores turísticos;
  • Geralmente existem custos adicionais aos primários e há que ter em conta que por vezes os pacotes de férias não incluem gastos além dos elementares como transportes, alojamento e roteiros, o que significa frequentemente que tudo o resto tem de ser pago à parte, mas nem sempre essa informação é realçada perante o cliente.

Férias caras

  • A maior das vantagens está naturalmente ligada ao facto de não ser necessário qualquer tipo de esforço para nada. Tudo é organizado pela empresa contratada, desde a coisa mais elementar à extremamente fundamental, sem que o comprador tenha de intervir, a não ser para indicar o que deseja fazer, quais os seus gostos e condições que pretende ver satisfeitas. Não há trabalho algum, embora essa facilidade também se pague bem em comissões que lhe serão cobradas e encarecem substancialmente o preço final que lhe será imputado;
  • Habitualmente existe um vasto leque de opções de entre as quais escolher e com diversas variáveis que fazem oscilar o valor a liquidar. Convém analisar quais as que deseja manter e aquelas que considera dispensáveis, porque mesmo se estando disposto a despender uma verba maior, é completamente desnecessário pagar por aquilo de que não se vai usufruir de todo.

Através de uma escolha atempada e selecção criteriosa, podem conseguir-se “férias cinco estrelas” por uma verdadeira pechincha. Compensa bastante analisar todas as possibilidades tendo em atenção o orçamento disponível para despender nesta actividade, que deve ser limitado à partida, ponderando as opções ao seu alcance e utilizando os meios actuais (online, agências de viagens ou operadores turísticos).

O que interessa é encontrar a melhor e mais acessível proposta, mas que obviamente lhe agrade, porque entre pagar menos e não gostar nada ou fazer um esforço maior e adorar, a segunda conjugação é sem dúvida preferível, desde que concretizada com cabeça e não por impulso.