Tempos de crise para uns criam oportunidades para outros e quem nesses momentos tem olho para o negócio é rei. Foi precisamente no contexto descrito que surgiu um inovador estilo de férias de última hora, bastante mais acessíveis do que o normal, ou seja, totalmente à revelia da exploração inicial desta natureza: quanto mais perto do dia mais caro sairá o descanso, uma ideia já ultrapassada.

Recuando até há bem pouco tempo, seria complicado encontrar um pacote de viagens a preços convidativos em “cima” da data pretendida, aliás, bem pelo contrário. Quanto menor fosse o tempo entre a compra do produto e a partida, maiores seriam os valores apresentados pelos operadores turísticos. Contudo, a nova situação da economia global obrigou a uma mudança profunda de abordagem, acabando por criar um novo ramo de actividade, as férias low cost de última hora.

Como se percebe através do conceito que hoje em dia ganhou força, esta modalidade de viajar adopta as características do seu parente mais velho, as férias baratas originais, com uma alteração radical ao paradigma “ancestral” das férias de última hora, os preços exorbitantemente escandalosos. A ideia é conseguir escoar as passagens que tenham ficado por vender a uma quantia atractiva, preenchendo assim uma lacuna que de outra maneira ficaria como tal, vazia.

A nova estratégia das agências tem, portanto, uma dupla vantagem. Por um lado oferece aos consumidores uma oportunidade única de usufruir de férias a valores acessíveis que não se obteriam de outra forma; por outro lado, permite às empresas algum encaixe que provavelmente seria nulo caso esperassem por um turista “aflito” ou com menos predisposição para fazer as suas reservas a tempo e que se dispusesse a liquidar a verba elevadíssima que há bem pouco tempo atrás era aplicada nestas situações.

Porque esperar às vezes até compensa…bastante!

Independentemente da altura do ano, as ocasiões únicas que a vertente moderna das férias de última hora proporcionam são uma constante e, por isso, não será complicado “apanhar” aquela viagem que tanto desejava a preço de saldos. Porém, convém frisar que tal só lhe será possível mantendo um acompanhamento constante da oferta, pois como você certamente haverá outras pessoas em busca do mesmo, pelo que a “sorte grande” sairá ao comprador mais rápido e atento.

Mesmo não havendo uma escolha tão vasta nestas circunstâncias, o que é natural, as possibilidades de conquistar um óptimo negócio são substancialmente maiores do que em época regular. Quanto mais não seja por conseguir poupar umas dezenas (ou até centenas) de euros nas bem merecidas férias, ainda que não eventualmente em destinos por si pré-seleccionados. Contudo, estudar esta alternativa tem vantagens que não podem ser ignoradas, sobretudo num período em que se tornará (ainda) mais difícil a vida dos portugueses, em particular da classe média e baixa.

Desde ilhas paradisíacas aos países ou cidades incontornáveis dos quatro cantos do planeta, a oportunidade acessível para as suas férias low cost pode estar à distância de um simples clique ou uma mera caminhada até à agência de viagens mais próxima. O importante é manter este inovador género de “última hora” debaixo de olho e aguardar pelo momento certo para concluir a sua compra e fechar o melhor negócio.

Se ainda assim não conseguir um valor adequado à sua carteira para as suas próximas férias, existe sempre a excelente oportunidade de ficar a conhecer os recantos do nosso país e desfrutar do que é nacional em toda a sua extensão. Por vezes há grandiosos locais a visitar (a troco de quase nada) em Portugal e que os próprios cidadãos desconhecem mas fazem as delícias dos turistas estrangeiros que nos visitam. Porque não experimentar?