As palavras “barato” e “crise” estão cada vez mais no nosso vocabulário e a julgar pelo mau estado da economia e finanças do país não irão desaparecer tão depressa da boca dos portugueses. É certo que boa parte dos cidadãos não têm culpa da embrulhada em que o poder dos vários sectores lançaram a nação, mas o certo é que são aqueles que menos responsabilidade têm neste calvário que vão pagar pelos danos causados por aqueles. Porém, a vida tem de continuar e têm de ser encontradas formas de contornar os problemas que temos de enfrentar no futuro, algo a que (infelizmente) o povo lusitano já se habituou.
Mas como “tristezas não pagam dívidas” – curiosa a actualidade desta expressão –, o melhor é começar já a alterar alguns hábitos para que se possa manter uma certa continuidade com o que se fazia anteriormente, com as devidas adaptações, para que a mudança seja gradual e não tão brusca que não se consiga suportar. Assim, sendo este um site criado para apresentar aos seus leitores alternativas de férias a bons preços, nada mais adequado do que apresentar (mais) alguns conselhos nesse sentido, porque todos os truques são úteis para gozar do merecido descanso, mesmo no período de escassa prosperidade que os nossos orçamentos atravessam.
– Conheça o seu país antes de ver o mundo. Além de ser bastante mais acessível a nível económico, ir para fora cá dentro tem diversas outras vantagens, nomeadamente a não existência de uma barreira linguística, se esse for o seu caso. Não obstante, o vastíssimo património nacional de que ironicamente raros portugueses usufruem é dos mais ricos histórica e culturalmente, pelo que existem razões mais do que suficientes para juntar o útil ao agradável e apreciar o que é nosso para no futuro admirar o que o resto do mundo tem para (nos) oferecer;
– Planear as suas férias com antecedência é uma grande mais-valia e um dos segredos para conseguir um pacote de turismo acessível à sua carteira. Embora não considerada, erradamente, por muitos, a técnica de preparar bem as viagens meses antes de as fazer é de extrema importância para o sucesso destas. Por um lado terá os passos delineados e saberá o que realizar antecipadamente; por outro desanuvia a cabeça do trabalho e stress ao final do dia, pois enquanto está ocupado a organizar tudo, a sua cabeça não se mantém com o pensamento nos problemas do quotidiano, nem que seja por uns breves momentos;
– Mantenha as promoções debaixo de olho ao longo de todo o ano, porque geralmente as melhores oportunidades não surgem “em cima da hora”, isto é, perto do seu período de férias, mas bastantes meses antes. Por isso, dispense um tempinho por dia e verifique o que há de novo, marque determinados sites que apresentem pacotes bonificados e não hesite em fazer uma visita a agências físicas ou telefonar para estas de forma a manter-se a par das últimas novidades dentro dos parâmetros que deseja;
– Em determinadas situações o barato pode sair-lhe caro, sobretudo quando não se dá atenção a certas necessidades que terá durante as férias, nomeadamente em termos de alojamento, transporte e alimentação. Nesse sentido, analise bem as propostas do ramo low cost, porque embora os valores sejam muito atractivos podem não incluir, por exemplo, viagens de e para o aeroporto, este último pode estar localizado longe do local onde ficará e implicar gastos extras com transporte ou o regime de acomodação pode não abranger nenhuma refeição de base. Assim, tenha estes aspectos em consideração e verifique-os para evitar surpresas indesejadas que podem ser facilmente evitadas com a escolha do pacote de férias realmente vantajoso na sua totalidade.
– Adapte-se ao estilo de vida do destino turístico eleito vivendo sem pretensões de forasteiro, ou seja, convivendo nos espaços habitualmente frequentados pelos residentes locais e comendo nos estabelecimentos da zona ao invés dos restaurantes para turistas. Não só irá poupar valiosos euros como ficará realmente a conhecer o destino escolhido, o que só irá tornar as suas férias melhores do que pensava inicialmente, pois estará a usufruir do que os locais têm genuinamente para oferecer a quem os visita de “mente aberta” e com vontade de explorar.