Hoje em dia e mais do que nunca tornou-se crucial obter os melhores negócios em tudo o que se faz. O princípio estende-se a todos os ramos da vida, incluindo o do necessário descanso, bastante merecido e do qual não se deve abdicar. A expressão low cost ganha assim nova importância, não apenas pela lastimosa situação a que sucessivos governos votaram o nosso país mas igualmente pelo aumento descontrolado do custo de vida em Portugal, cuja disparidade na relação rendimentos/gastos indispensáveis é das maiores na União Europeia.

Face a esta realidade que inevitavelmente se agravará nos próximos meses, as opções de férias reduzem-se significativamente, no mesmo grau em que o orçamento mensal vai diminuindo, sobretudo pela carga fiscal imposta pelo Estado e consequente aumento dos bens e serviços em geral. O resultado é a urgente necessidade de reactivar o sentido de “desenrascanço” dos portugueses, um povo que no passado já sobreviveu a tempos de extrema dificuldade e se vê agora repetidamente obrigado a encontrar soluções para um problema causado por aqueles que deveriam ter protegido a sua nação mas sucumbiram à tentação do capital e poder em detrimento (e desrespeito) dos direitos dos cidadãos que lhes incumbia defender.

As palavras soam a discurso anti-político e talvez até o sejam em certa medida. Porém, ilustram na perfeição os motivos que levam actualmente as férias baratas a serem a alternativa mais escolhida pelos cidadãos nacionais que desejam afastar-se da azáfama do quotidiano e descansar por uns dias após longos meses de trabalho para recuperarem as forças que lhes permitam aguentar a jornada laboral seguinte.

Para que esse objectivo de umas férias low cost possa ser uma realidade para si que está a ler o presente artigo, deixamos em seguida dois conjuntos de dicas que certamente lhe serão úteis. Leia-as com atenção, registe aquelas que considerar mais importantes e verá que a tarefa de encontrar umas férias ajustadas à sua carteira é algo que pode conseguir sem grandes dificuldades.

Truques para encontrar as melhores propostas

  • Descubra qual o meio de transporte menos dispendioso para chegar ao destino que seleccionou, considerando não só o custo da viagem mas igualmente o tempo que esta demorará, pois embora o bilhete possa ser mais acessível nem sempre o preço justifica a diferença de minutos que os veículos possam levar a completar o percurso.
  • Evite as “épocas altas” do destino para o qual deseja viajar. É durante este período que os preços são menos atractivos e na maioria dos casos não existe grande diferença se escolher outra altura do ano para o visitar. Isso é genérico, obviamente, havendo situações em que tal não poderá acontecer, mas se verificar que é possível já terá de repensar o destino de férias ou aguardar algum tempo e poupar um pouco mais.
  • Consulte sites e agências de viagens para conhecer as propostas existentes, colocando a hipótese de adquirir cada elemento em separado (viagem e estadia) ou em conjunto, o que lhe dará uma clara noção da alternativa adequada, uma vez que terá todos os dados necessários para avaliar qual a forma mais vantajosa para si;
  • Se nas primeiras tentativas não encontrar algo que lhe interesse faça várias pesquisas por dia, preferencialmente de manhã. Há diversas promoções que vão sendo lançadas ao longo do tempo e raramente ficam disponíveis 24 horas, pelo que vale a pena estar bem atento aos descontos que possam surgir. Deve ainda registar-se nas respectivas bases de dados (leia com atenção os termos e condições, sobretudo os pontos respeitantes ao uso do seu endereço de email) para receber no seu correio electrónico as últimas novidades e ser alertado de imediato na eventualidade de aparecer uma proposta aliciante;

Conselhos de poupança durante as férias

  • É fundamental tomar um bom pequeno-almoço para evitar gastos desnecessários em snacks e afins durante os seus momentos de turismo. Claro que isso nem sempre poderá solucionar o problema, mas é uma óptima forma de manter alguns euros na sua carteira e tornar as suas férias ainda mais low cost;
  • Informe-se acerca das superfícies comerciais nas imediações do seu local de estadia e faça as suas próprias compras para aquelas horas entre as refeições. Bebidas de pacote, fruta, barras de cereais e pequenos aperitivos são excelentes alternativas e seguramente os conseguirá adquirir a preços acessíveis, contrariamente aos que lhe serão cobrados nos cafés, lojas de conveniência ou até mesmo no seu posto de alojamento;
  • Na hora de escolher os estabelecimentos para o almoço e jantar procure as casas com os valores mais em conta, devendo, no entanto, aproveitar e experimentar um ou outro ponto incontornável. Os restaurantes familiares e as cadeias de fast food são opções a considerar, embora aqui tenha de haver algum equilíbrio para manter uma alimentação sem peso excessivo no orçamento mas igualmente saudável;
  • Se necessitar de dinheiro extra não vá aos bancos locais ou aos estabelecimentos de câmbio, pois em qualquer dos casos terá de pagar uma taxa pela conversão da moeda. A escolha certa é ter consigo um cartão de débito que possa ser utilizado no seu destino de férias, o que é comum a grande parte dos emitidos pelas entidades nacionais. Contudo, não arrisque e informe-se sobre este aspecto antes de sair de Portugal se quiser acautelar surpresas indesejadas;
  • Como boas férias que devem ser, convém que as escolhas low cost também incluam as habituais lembranças para familiares e amigos. O truque para adquirir pechinchas é optar pelos mercados locais e vendedores de rua, dado que em ambos os casos se podem realizar bons negócios e conseguir óptimos preços, especialmente porque o primeiro montante pedido é geralmente bastante superior ao seu valor real.